Uma viagem à China, seus dragões (símbolo de poder e sabedoria), motivos orientais e as formas angulares de quimonos ajudam a desenhar a coleção pre-fall 2019 da Balmain.
Desenhada pelo diretor criativo Olivier Rousteing a coleção tem o trabalho de silhuetas como um elemento chave, já que à época de sua criação, Rousteing trabalhava também no desenvolvimento do novo logo da maison. "Meu foco recai ainda mais fortemente em curvas arrojadas e precisas, ângulos e linhas. Está claro que a estrutura – seja ela relacionada a serifas ou ombros – é um tema recorrente por todas as áreas da Balmain nessa estação", explica o estilista.
Entre as peças que desembarcam no Brasil estão minivestidos com bordados de motivos orientais (uma mistura de elementos da natureza e da mitologia chinesa), volumes que sugerem quimonos desconstruídos, além de peças de alfaiataria com punhos, ombros e lapelas marcados, evocando um glamour dos anos 80, e de caftãs ultraleves, perfeitos para os dias de calor da primavera nacional.
A seguir, um texto em que o diretor criativo da Balmain, Olivier Rousteing, fala sobre a coleção pre-fall 2019.
Para o pre-fall 2019, meu time e eu continuamos nossa experimentação com construções e alfaiataria, nos debruçando no savoir-faire de nosso ateliê para criar novas silhuetas que reforcem a herança da marca. Talvez porque eu estivesse trabalhando na modernização do logo Balmain ao mesmo tempo que que fazia a coleção, meu foco recai ainda mais fortemente em curvas arrojadas e precisas, ângulos e linhas. Está claro que a estrutura – seja ela relacionada a serifas ou ombros – é um tema recorrente por todas as áreas da Balmain nessa estação.
A coleção é, acima de tudo, parisiense. É fácil identificar as peças que refletem minha fascinação com as possibilidade de modernizar clássicos franceses, assim como ricas influências da couture. Além disso, minha equipe e eu nos vimos dando seguimento à tradição das casas de couture em buscar inspiração na cultura asiática. É bastante fácil entender porque a China, em particular, atrai. Sempre que volto das minhas viagens ao país, meus cadernos de desenhos estão transbordando de novas possibilidade e meus pensamentos se mantém ligados à fascinante herança do que vi ali.